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Haras Mastruz com Leite


"Deus é bom o tempo todo, o tempo todo Deus é bom". (Tetê)
Localizado na cidade de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, o Haras Mastruz com Leite é uma fazenda de gado que por muitos anos ficou sobre a direção do vaqueiro Francisco Tobias da Silva, ou simplesmente Tetê. Um vaqueiro profissional e tanto, Tetê por muito tempo comandou as pistas de vaquejada Brasil afora. Vaqueiro do grupo e diretor do Circuito Mastruz com Leite, ele conquistou respaldo dentro e fora das pistas, não só por ser um campeão, mas por ser um incentivador da vaquejada.

Nascido em Brejo do Cruz na Paraíba, ele residiu por muitos anos na cidade de São Bento, cidade do mesmo Estado, e fez história durante 35 fazendo o esporte vaquejada. Tetê, devido a sua idade, ainda corria boi, mas andava mais dedicado a orientar tecnicamente os filhos Renato Tobias e Renan Tobias, também campeões do esporte do valeu o boi.

Tetê
De vaquejada em vaquejada, Tetê, carregava em seu caminhão cerca de 18 cavalos. De jeito simples, amigo de todos e exemplo para muitos, com certeza esse ícone do esporte vaquejada deixará muitas saudades. Infelizmente, no dia 08 de maio de 2011, os amantes do esporte vaquejada amanheceram de luto, pois enquanto participava da primeira festa de gado de Itajá no Rio Grande do Norte no Parque Manoel Argemiro, Tetê foi vítima de um infarto fulminante por volta das 23h, deixando esposa e filhos.

Galeria de Troféus do Vaqueiro Tetê
Tetê, em entrevista a Revista Vaqueirama na edição número 5, quando perguntado sobre sua opinião do racha na vaquejada, foi enfático: “Eu sou totalmente contra. Tenho mias de 30 anos na vaquejada e fazem 9 que eu não racho. Meus meninos ainda racham, mas eu sou radical nesse sentido.  A vaqueirama não está tirando mais prêmios valiosos, uma premiação de cem mil se desmancha e fica só 30 mil quando acontece um racha. Acho um desrespeito ao público”.

Para quem não sabe, o racha é quando os atletas resolvem dividir o valor do prêmio e com isso deixarem de disputar. A situação aqui descrita é considerada “racha” porque a classificação dos atletas ocorre pela ordem de senha.

Para homenagear o legado deixado pelo Vaqueiro Tetê, se viu muitas homenagens prestadas para o Rei das Vaquejadas, entre elas está a canção do poeta Serginaldo Vitalino que foi gravado no DVD da banda de forró Memórias do Sertão.


Com a partida do Vaqueiro Tetê ficou para os seus filhos Renato e Renan seguirem com o legado deixado pelo pai, e consequentemente levar a vaquejada e o nome do Haras Mastruz com Leite pelas vaqueadas à fora. Em 2018, o Renanh Tobias se consagrou como campeão brasileiro de vaquejada.

Renanh, montando Don Toro HJG, conquistou o título de Campeão da Categoria Profissional da Vaquejada do Manduri Park Show em Surubim em Pernambuco no dia 09 de abril de 2018. O título veio em uma disputa histórica com o Vaqueiro Adelanir Américo que montou o garanhão Calendário Shady AD do Haras Tavares e, proporcionaram ao público presente e aos telespectadores da Tv Equeste um verdadeiro show.



Em março de 2010¹, a SomZoom promoveu um circuito de vaquejada no Rio de Janeiro com pretenções de fazer o mesmo em São Paulo, transportando 200 vaqueiros num Boeing fretado para a festa. Em agosto, invadirá a capital do rodeio, Barretos, ganhando um dia da famosa festa caipira para tocar forró no lugar de música sertaneja e por consequência à pratica da vaquejada típica do Nordeste, que emprega técnicas bem diferentes das usadas nas arenas paulistas.

A ousadia servirá como vitrine para a criação de um circuito nacional de vaquejada, com etapas promovidas cada mês numa capital diferente. Com ela, o empresário cearense planejou inaugurar no país o forró fora de época, como aconteceu com a música baiana nas micaretas promovidas ao longo do ano em todo o país.

"Se os baianos conseguiram, por que não faremos o mesmo?", pergunta Gurgel.

Assim, o Haras Mastruz com Leite continua a estabelecer a identidade do esporte de vaquejada pelo Nordeste, presente como um legado de manifesto cultural e ainda cantado através das letras da banda mãe de forró.

¹Matéria na Revista Época


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