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Campanha Relançamento K7



É perceptível que de uns 5 ou 6 anos para cá o público que consume os discos de vinil tem aumentado consideravelmente, basta você notar que os músicos não têm apenas investidos na divulgação de seus novos trabalhos em mídias digitais, mas também há a preocupação de produção em mídia física. Já os DVDs e CDs continuam em tiragens mais voltadas para àqueles que vão aos shows e lá os adquirem.

Depois da "volta" do vinil, mais recentemente temos nos deparado com o retorno das fitas K7, estas com relançamentos de grandes discos produzidos por artistas nacionais, além claro, de outros não tão conhecidos no meio (mainstream), porém que vêm nessa produção física um pouco além do saudosismo para fazerem um investimento em sua produção.

Como se sabe, a Mastruz com Leite tem em sua discografia oficial sete LPs e, até onde sabemos, foram lançados doze cassetes, a última delas a do álbum "Mulher" e que são peças raras de se encontrar. Quando se acha, além do valor muitas vezes abusivo do vendedor, elas ainda possui uma qualidade duvidosa.

Em especial, o que há por trás da aquisição desses vinis, das K7 e de todas as outras mídias físicas, neste caso da Mastruz com Leite?

Se tratando dos LPs e K7, a problemática passa em primeiramente da pessoa hoje ter um aparelho para que possa ouvir esse tipo de mídia, onde no mercado atual se encontra vários modelos de toca discos, muitos com tape deck, porém a maioria deles com qualidade baixíssima para se ouvir as mídias.

Para recorrer a algo que te faça ter uma experiência bacana de ouvir esses tipos de mídias, você certamente terá que desembolsar um valor altíssimo em um toca disco ou recorrer ao seus avós ou parentes que possuem um aparelho antigo, onde certamente a sua qualidade sonora é superior a um novo de baixo preço.

Ao ouvir um disco de vinil em uma aparelhagem boa você logo perceberá que o som é melhor que o digital. Ele é mais dinâmico, muito mais limpo, todas as suas frequências possíveis executadas, além de todo o processo que se tem de ter um produto físico. Ver a capa do LP, ler o encarte, apreciar a arte gráfica e independente de ter ou não um bom toca disco quem experimenta o processo jamais consegue sair dele.

Diferentemente dos LPs para a portabilidade, os cassetes, onde carregávamos muitas vezes dezenas deles na bolsa em finais de semanas em viagem ou para ouvirmos no Walkman, as fitas nos trazem a um espaço onde "a qualidade era baixa, mas a qualidade da música era muito melhor do que a atual".  

A verdade é que o mercado fonográfico - falando no quesito internacional - de produtos físicos está altamente aquecido. Em uma rápida busca você perceberá que em 2019 nos EUA as vendagens, produção e toda a parte comercial de LPs, já superam as de CDs. Já no Reino Unido, as K7 estão em destaque nas prateleiras, suas vendagens também no ano passaram bateu o record que era de 2004.

Amoeba - Loja de LPs na Califórnia nos E.U.A
Fato é que muita gente está descobrindo ou redescobrindo o prazer de se ouvir música. Os serviços de streamming são uma realidade inquestionável e que não há e nem deve-se fugir dela. A verdade é que a experiência do fã e do seu ato e forma de ouvir os produtos são à ponte para o mercado musical, uma chave desta engrenagem adequando-se a maneira de se obter lucro e atingir a massa. 

Mas porque será que os artistas aqui no Brasil têm investidos em lançarem seus discos em fitas cassetes?

Sabemos que os tapes decks para ouvir as fitas praticamente estão em extinção, mas mesmo assim, as fitinhas são vendidas e obviamente são compradas, chegando a esgotar o produto dias após o lançamento. O que só confirma que há sim um mercado, um grande mercado na verdade para elas, restrito, mas que está sendo muito explorado por àqueles chamados de audiófilos e que são consumidores assíduos de música.

Para responder a pergunta acima talvez seja necessário fazer uma outra pergunta: Afinal, você escuta música ou você ouve música?

Pode não parecer, mas são questões bem distintas, pois uma coisa é pensar algo como: Hoje eu vou parar, sentar, apreciar o encarte e  mergulhar nas letras. Consequentemente conhecer os compositores, os artistas gráficos da capa, os músicos, e etc. Já ouvir música é transformar tudo o que foi dito em um simples pano de fundo, independentemente de estar ou não ouvindo em uma mídia física ou de modo digital. 

Mas quando você se dá o prazer de sentar, pegar a mídia física, por no aparelho, ter que se levantar para trocar o seu lado - no caso dos LPs e das K7, trás para o apreciador da música uma experiência muito diferente do simples de ato de por, por exemplo, um fone no ouvido enquanto faz outras atividades.

Dificilmente quem nunca comprou uma mídia física talvez não consiga compreender o que se quer dizer; mas ouvir música é apenas transformar ela em um simples pano de fundo. Será que que se pensa no tempo que foi para produzir aquele disco? O que inspirou a falar àquela canção e em todo o processo de produção musical? E outra, será que você realmente valoriza o trabalho dos músicos?

Claro que para nós nordestinos, onde tivemos o forró esfolado recentemente, a grande maioria das bandas e artistas possuem uma imensa parcela de culpa em transformar essa experiência em um retrato desolador.

Esse tema daria para transformar facilmente o artigo em um livro, pois nem falamos sobre a questão financeira em cima do investimento na aquisição do produto em loja, pirataria e muito menos dos valores de produção, ficando para um outro momento.

E é aqui onde entramos. Eu particularmente aprecio a música como arte, e ver a possibilidade de ter acesso aos produtos que foram lançados da Mastruz com Leite anos atrás me deixa feliz. Me instiga correr atrás de poder ter o prazer, não como colecionador, mas sim em saber que posso ter a possibilidade de escutar as músicas da banda mãe também em outros formatos que tinham sido extintos de nossas mãos.

E agora queria saber se você também possui esse interesse. Há uma proposta tomada por mim de obter a autorização do Grupo SomZoom em tomar à frente para um possível relançamento - de um álbum por vez - em pequena escala das fitas K7 da Mastruz com Leite.

Devido a esse problema da pandemia que assolou o mundo, a resposta e o processo de contato está adiado. Porém o contato já foi feito, agora o meu contato se resume à você(s).

Busco 50 interessados que realmente detém do prazer em ter as K7s da Mastruz com Leite em suas mãos, não apenas como um suvenir, mas como um complemento para a sua experiência em poder vivenciar o modo de ouvir as canções dos álbuns lançados nesse tipo de mídia, agora em sua casa, em seu aparelho.

Os detalhes ficarão para os contatos que realmente se encaixem nesse perfil, além de outras questões a mais, questões essas que serão melhores explicadas para quem acessar o nosso Fórum no Discord, onde temos um campo somente para debater sobre isso. Acessa lá!

Também comenta aí o que vocês acham sobre isso, se possui interesse em participar, numa possível aprovação do projeto, e o que tem achado sobre a volta das fitinhas.

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