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PROJETO ÓPERA JUNINA


Atualizado em 30 de maio de 2025 às 22h09

Durante muito tempo fui impulsionado gradativamente aos estudos da instrumentação musical. Conheci novos gêneros musicais, onde me deparei com uma nomenclatura de Ópera Rock. Uma espécie de junção entre a Ópera, uma das mais tradicionais formas de expressão musical da humanidade com o rock in roll.

A Ópera Rock trata-se de um produto com canções onde existe algo em comum; não apenas uma história para contar. É um projeto considerado ambicioso e de bastante envergadura.

Segundo o professor Mario De Vivo, a ópera rock é um gênero que se originou a partir da ópera clássica na metade da década de 1960. O professor conta que “as óperas mais conhecidas hoje tiveram suas primeiras aparições no século 17”, ainda que o gênero esteja mais ligado aos musicais, que são shows de músicas adaptados para o teatro, nos quais existe um tema central e uma história para ser desenvolvida.

A primeira ópera rock foi Hair (cabelo), obra escrita por James Rado e Gerome Ragni e criada por Galt MacDermot. O musical estreou em 1967 e na época se tornou um dos hinos dos movimentos antiguerra do Vietnã, seguindo a linha do rock como gênero que se alinha às causas sociais. O nome do musical fazia referência ao significado dos cabelos grandes dos homens, que representava contradição ao Estado que incentivava o apoio da população à guerra.

Dentre as principais características da ópera rock, De Vivo destaca que ela “é uma versão que não tem diálogos, diferente das óperas comuns, que são mais teatrais e a interação entre personagens se dá com facilidade”, mas ele ressalta que não é unanimidade.

Mas afinal, um musical pode ser considerado uma Ópera? Segundo De Vivo a distinção no fundo é essencialmente semântica, pois ambos possuem muita cantoria por parte dos personagens e quantidade variada de diálogos não cantados. Em geral, as Óperas Rock do jeito que a gente define mais estreitamente não têm diálogos, enquanto os musicais são mais teatrais. Então, muito provavelmente a maior diferença esteja na concepção da obra. No final, a pergunta que deve ser feita é: A obra foi feita para existir na concepção de um álbum de um artista, ou foi planejada para produção e apresentação em um teatro?

Quando pensada para a criação de um produto musical, a Ópera Rock exige mais do ouvinte do que apenas o observar a música de maneira isolada, como habitualmente fazemos com os álbuns que ouvimos. Aqui é necessário compor as músicas em cima de um determinado tema, cujas canções realmente façam algum sentido. Uma Ópera Rock pode ter um conceito maravilhoso, uma produção impecável, mas acima de tudo se ela não tiver boas canções, certamente não vai funcionar e o produto final será bem ruim.

Mas enfim, o que tem haver um site de um fã clube de uma banda de forró, que até hoje é questionada por pessoas como não sendo forró, está falando sobre rock? Pior, falando sobre um gênero que soma este rock à ópera?

Tive coragem em começar a escrever um projeto pensado para a banda mãe, o que tenho chamado de Ópera Junina. Esse projeto será pioneira no forró eletrônico. A Ópera Junina do Forró Mastruz com Leite escrita por mim vem como mais um novo filho nessa maturidade de vida.

Essa Ópera Junina na verdade não trata sobre a história da banda, mas parte de uma temática que parte da união da cultura imensa que o nosso Nordeste possui, onde envolve os nove Estados da região. O projeto será escrito, finalizado e apresentado, esperando que o mesmo possa acontecer.


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